sábado, 19 de setembro de 2015

Eu sou mãe

Deve ser uma emoção indescritível ter um filho. Sim, ser mãe deve ser uma experiência incrível. Disso eu nunca tive dúvidas, e até me emociono quando alguém me conta que estão grávidos. Sim, agora neste nosso mundo moderno os homens também ficam grávidos. Se bobear, sentirão as dores do parto por osmose. Então, "Estamos grávidos".

E daí pra frente, meu amigo, haja reportagem sobre crianças, fotos da barriga, contagem regressiva, e toda aquela festa. O cérebro daquelas pessoa é abduzido por um longo período de tempo.

Tenho uma certa vontade de bloquear e só voltar a falar com aquela pessoa quando a criança tiver uns 5 anos, que segundo o IPV (Instituto de pesquisas Viviane), é quando os adultos se lembram de suas vidas. Se não faço isso, aguentarei durante 5 anos, um book daquela criança linda, mas que de tanto ver a cara, vai me cansar. Não, não sou um monstro. Tem muita gente que pensa igual, mas fica pianinho. Afinal, não é bonito falar assim. Mas o problema não é a criança, nunca foi, e nunca será, o problema são os pais.

Ainda bem que na minha época não existia esses negócios. Imagine eu, agora na vida adulta, tendo que sofrer bullying pelas fotos sem noção que minha mãe publicou nas redes sociais. Eu pelada, eu no penico, tomando um suco com um gorrinho escroto que só ela achou lindo, e todas aquelas coisas que vemos diariamente nas redes sociais. Deus me livre! Deus foi bem generoso comigo. Sou de um tempo que se revelava a foto, e rezava para sair bem. E não tirava foto de cada respiração porque filme era caro. Então, realmente eram momentos únicos.

Sinto falta de amigas que viraram mães. Elas eram tão divertidas, tão inteligentes, tão boas companhias...Hoje só falam de mamadeira, fraldas, equipamentos novos para facilitar a vida dos pais, o primeiro passo, o primeiro sorriso, o primeiro arroto...
Ah, voltem a ser mulheres! Não abdiquem do trono materno, claro. Mas não esqueçam que antes de mãe, eram mulheres.