terça-feira, 4 de março de 2008

O clã feminino

Pior do que aprensentar a pessoa amada aos pais, é aprensentá-la às amigas.

Você enrola, enrola, mas uma hora o inevitável acontece, ela será aprensentada.

Elas sentam no tribunal, ou melhor, na mesa de bar, e esperam o candidato.
Antes disto, é feita uma análise poderosa utilizando todas as ferramentas disponíveis no mercado. Orkut é uma delas.

Ultimamente tenho levado um bloquinho de notas para este tipo de avaliação. Porque, na verdade, o que menos queremos, é que uma pessoa muito querida sofra. Justamente por isso a análise é bem cautelosa.

Pensando sobre isso, descobri que todo mundo, mesmo que inconscientemente, faz isso - analisa os candidatos dos amigos.

Diferentemente dos pais, os amigos falam na lata. E por conhecerem seu histórico amoroso melhor que seus pais, se sentem na obrigação de alertá-lo.

De uns tempos pra cá tenho sido mais maleável com os candidatos. Porque a pessoa já fica numa situação bem constrangedora. Intimamente ela sabe que está sendo avaliada. E sob pressão, ninguém consegue sentir-se à vontade.

Querendo, ou não, ser aprovado pelos amigos é muito importante. Aqueles seres bêbados que te avaliam, são a família da pessoa que você ama. Sendo assim, é muito importante que eles gostem e te aceitem. Porque é com essas pessoas que ela convive. E, inevitavelmente, conviverão com você.

No final a avaliação é bem simples. A pessoa avaliada só precisa ter os pré-requisitos para fazer um amigo feliz. Pode até gostar de forró, ler Paulo Coelho, só tomar suco, ser vegetariano, ter zilhões de tatuagens e etc.

O mais importante de tudo, é percebermos que o candidato fica com os olhos brilhando toda vez que fala de um ente da nossa família.
Amigos, ao menos pra mim, são a minha segunda família. São poucos, e eu os escolhi com muito carinho. Às vezes bem italiana e passional, mas querida.